sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O Vidro e o Espelho

Um jovem muito rico foi ter com um rabi e lhe pediu um conselho para orientar sua vida.  O rabi o conduziu até a janela e perguntou-lhe:
- O que vês através dos vidros?
- Vejo homens que vão e vem e um cego pedindo esmolas na rua.
O rabi, então mostrou-lhe um grande espelho e novamente interrogou:
- O que vês?
- Vejo a mim mesmo.
- E já não vês os outros ! . . .
 Repara que o vidro e o espelho são feitos da mesma matéria prima,; mas no espelho, porque há uma fina camada de prata colada no vidro, não vês nele mais do que sua pessoa.
Deves comparar-te a esta duas espécies de vidro: POBRE, vias os outros e tinhas compaixão por eles. Coberto de prata RICO, vês apenas a ti mesmo.

Desculpem a introdução com uma parábola, mas vamos “passar” esta experiência para a vida profissional de uma pessoa que está se candidatando ao primeiro emprego ou está em vias de ser admitido ou já está empregado.
Normalmente o interesse maior é pelo salário a ser recebido, fazendo-se as contas do retorno financeiro deste e ficando como segunda opção a tarefa a ser desenvolvida.
Ora, se o pensamento for este e na maioria das vezes é, a tendência para a acomodação, o desinteresse e finalmente a insatisfação profissional, passar a ser eminente.
Então, iniciam-se as conjecturas, e aí passamos a comparação. Recebemos o merecido pelo que fazemos ? Sou valorizado ? Trabalho mais do o necessário sem reconhecimento ? Ao responder estas perguntas, geralmente não somos suficientes críticos e sinceros e descambamos para a “injustiça patronal”.
Porque não é feito a contra partida, tipo: Quanto custo ao empregador? Nossas condutas ajudam no desenvolvimento do negócio da empresa ? Temos a qualificação necessária e principalmente exigida para o exercício da função ?  Mas, nem sempre estes questionamentos são feitos e quando o são, não há a preocupação nem compromisso de sinceridade.
Então, chega o dia em que se assume uma gerência, ou passa-se a ser proprietário de um negócio.
Ai, ou continuamos olhando o “espelho”, e a tendência é não ir muito adiante, ou passa-se olhar com mais humildade o “vidro”, fazendo seus funcionários serem parceiros e sua concorrência aliada para o seu crescimento.
De qualquer forma deveremos ter este cuidado em nossas colocações profissionais, quando for reivindicar melhorias, plano de carreira, reconhecimento, etc... Porque através de sua ótica, tornar-se-á um profissional apreciado e com chances de se fazer líder e assim ter a chance de SER e TER.

Texto escrito por Péricles Itamar, Diretor Administrativo do CETEPRO.